Novos planetas
Telescópio que procura novos planetas faz primeiros registros
A primeira imagem registra pelo Trappist foi da nebulosa de Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães - uma das galáxias mais próximas da Via Láctea
Foto: ESO/Divulgação
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O telescópio foi instalado no observatório La Silla, no Chile, e será comandado em Liège, na Bélgica, a 12 mil km de distância
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O Trappist também registrou a região central do aglomerado de estrelas Ômega Centauro, que tem cerca de 10 milhões de estrelas
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O telescópio ainda observou a galáxia espiral Messier 83, na constelação de Hidra. Apesar de ser 2,5 vezes menor que a Via Láctea, ela é considerada muito similar à nossa galáxia
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O pequeno telescópio de 60 cm vai funcionar em conjunto com dois "irmãos" maiores - o Coralie, de 3,6 m, e o suíço Leonhard Euler Telescope, de 1,2 m - ambos também em La Silla. Apesar do tamanho, o Trappist é equipado com filtros capazes de detectarem moléculas em cometas. Além disso, o equipamento é capaz de acompanhar o céu em alta velocidade e com grande precisão
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Concepção artística mostra como seria um exoplaneta ao passar em frente à sua estrela, bloqueando parte da luz emitida e, portanto, diminuindo seu brilho
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Algumas das principais observações do telescópio podem ser conferidas em gráficos. A curva indica a queda de brilho de uma estrela causada pela passagem de um exoplaneta
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O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) anunciou que o Trappist (Pequeno Telescópio de Trânsito de Planetas e Planetesimais, na sigla em inglês), no observatório La Silla, no Chile, começou a fazer os primeiros registros de teste com sucesso. O projeto, desenvolvido em parceria com a Universidade de Liège (Bélgica) e com o Observatório de Genebra (Suíça), será dedicado ao estudo de sistemas planetários através de duas formas: a busca de planetas fora do Sistema Solar (exoplanetas) e também de cometas que orbitam o Sol.
Apesar de estar localizado no Chile, o pequeno telescópio de 60 cm será operado em Liège, a 12 mil km de distância. "Os dois temas (de pesquisa) do projeto Trappist são partes importantes de um campo interdisciplinar de pesquisa (a astrobiologia) que visa estudar a origem e a distribuição da vida no universo", diz o pesquisador Michaël Gillon, que lidera o estudo de exoplanetas do projeto.
"Planetas similares à Terra são alvos óbvios na busca por vida fora do Sistema Solar, enquanto cometas são 'suspeitos' de terem um importante papel no aparecimento e desenvolvimento da vida no nosso planeta", diz o também pesquisador Emmanuël Jehin, que lidera o estudo de cometas.
Ao contrário de muitas outras observações astronômicas, a pesquisa por exoplanetas não é caracterizada por belas imagens. Às vezes, os dados mais importantes aparecem em gráficos de observações dos telescópios. Os planetas fora do Sistema Solar podem ser encontrados por um pequeno decréscimo de brilho em sua estrela - isso acontece quando ele passa em frente à estrela, bloqueando parte da luz. Quanto maior o planeta, mais ele bloqueia a passagem de luz, fazendo com que o brilho caia mais e, portanto, mais facilmente ele é detectado.
Para registrar cometas, o telescópio foi equipado com filtros especiais largos e considerados de alta qualidade, o que permite aos astrônomos registrarem a presença de diversos tipos de moléculas nos cometas durante sua viagem ao redor do Sol.
O Trappist vai funcionar integrado a outros dois telescópios bem maiores - o Coralie, de 3,6 m, e o suíço Leonhard Euler Telescope, de 1,2 m - ambos também em La Silla. Além disso, o novo observador foi instalado na construção que abrigava o antigo T70, da Suíça. O ESO afirma que a colaboração entre as três instituições possibilitou a rápida realização do projeto - foram dois anos entre a decisão de construí-lo e os primeiros registros. O equipamento é robótico e totalmente automatizado, podendo percorrer o céu com alta velocidade e precisão.
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