Nasa detecta buraco negro em "cabelo" de Medusa
O buraco negro fica em uma fonte brilhante no lado esquerdo do "cabelo" (este situado acima do centro da galáxia, sob a cor laranja)
Foto: Nasa/Divulgação
As câmeras do Observatório Chandra X-ray e do telescópio espacial Hubble, que funcionam como os "olhos" da Nasa, agência espacial americana, realizaram uma nova descoberta no "cabelo" de uma galáxia conhecida como Medusa- em homenagem à divindade da mitologia grega - informou a agência espacial em seu site nesta quarta-feira. Diferente dos gregos que temiam o ser mitológico capaz de petrificar quem a olhasse, o Chandra X-ray e o Hubble apontaram suas lentes sem medo para a galáxia e detectaram um buraco negro no lado esquerdo do aglomerado estelar.
A fotografia divulgada no site da Nasa é o resultado de diversas imagens captadas pelos observatórios - Chandra X-ray (azul) e Hubble (laranja). De acordo com a agência, o buraco negro pode trazer pistas importantes sobre a formação de estrelas em Medusa, também conhecida como NGC 4194.
O buraco negro está situado em uma fonte brilhante no lado esquerdo do "cabelo" da galáxia (localizado logo acima do centro, sob a cor alaranjada). O "cabelo", na verdade, é uma maré de gás que resultou da colisão entre duas ou mais galáxias.
De acordo com a Nasa, a maioria das fontes brilhantes de raio-X são binárias e contêm buracos negros ou estrelas de neutrôns em seu interior que permanecem após a explosão de uma estrela massiva (também chamada de supernova).
A interação entre esses objetos pode produzir raios-X binários por longos períodos de tempo, que depois servem de pistas para que os cientistas estudem a história da formação de estrelas nas galáxias.
Na fotografia da NGC 4194, os pontos azuis são os raios-X binários.
Um estudo recente feito com a Medusa e nove outras galáxias tentou avaliar a média de formação de estrelas com a produção de raios-X binários. Os pesquisadores constataram que, para cada um milhão de toneladas de gás que terminam por gerar estrelas, uma tonelada é arrastada por um buraco negro massivo ou uma estrela de neutrôns.
Segundo a Nasa, a leitura dessas taxas podem ser útil para o entendimento do histórico de formação estelar.
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