Toxina em Marte não inviabiliza vida, diz Nasa
A presença provável de perclorato, uma substância corrosiva encontrada nas amostras de solo marciano analisadas pelos instrumentos da sonda Phoenix, não exclui a existência de uma forma de vida em Marte, explicou, nesta terça-feira, o principal cientista da missão.
"O perclorato não destrói os materiais orgânicos em condições normais na Terra", declarou o responsável científico pela Phoenix, Peter Smith, da Universidade do Arizona (sudoeste), em uma teleconferência.
"Em si mesmo, o perclorato não é nem bom, nem ruim para a vida", acrescentou, destacando que algumas espécies de micróbios vivem da energia fornecida por esse oxidante muito solúvel na água.
Anteriormente, em nota divulgada na segunda-feira à noite, em sua página na Internet, a Nasa havia revelado a presença de perclorato, substância que, em seu estado natural, pode ser encontrada nas zonas muito áridas da Terra.
As primeiras análises de amostras do solo marciano com o instrumento Meca (Miscroscopy, Electroscopy and Conductivity Analyzer) da Phoenix não tinham revelado a presença dessa substância.
De acordo com os cientistas da missão, "as análises iniciais do Meca davam a entender que o solo marciano era muito similar ao da Terra, e análises feitas em seguida revelaram aspectos da química do solo de Marte diferentes dos do nosso planeta".
Nesta terça, porém, os mesmos cientistas insistiram no fato de que a descoberta de perclorato no solo marciano, que ainda deve ser confirmada, definitivamente, por outras análises, não compromete em nada o caráter habitável do Planeta Vermelho.
Nasa divulga nova foto em alta resolução de cratera em Marte
Sonda Mars Reconnaissance Orbiter fotografou a cratera Victoria, de 800 m de diâmetro, em um novo ângulo
Foto: NASA/JPL-caltech/University of Arizona/Divulga
A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quarta-feira em seu site uma nova imagem em alta resolução da cratera Victoria, situada na pequena região plana chamada de Meridiani Planum, próxima ao equador de Marte. A fotografia foi tomada em mais de um ângulo inclinado pela sonda espacial Mars Reconnaissance Orbiter, diferente das imagens captadas anteriormente em outra missão da Nasa.
De acordo com a agência americana, a câmera estava posicionada de tal maneira que possibilitou uma observação como se o grande buraco estivesse sendo visto da janela de um avião. Os cientistas também puderam enxergar as composições geológicas presentes nas íngremes paredes da cratera.
Os especialistas analisaram ainda as diferenças sutis de cor em uma formação geológica brilhante localizada no topo de uma das paredes. Segundo a Nasa, a formação surgiu a partir de um fenômeno chamado diagénese - alterações físicas e químicas sofridas por um sedimento após sua deposição inicial.
Entre setembro de 2006 e agosto de 2008, a sonda espacial Opportunity explorou a cratera, que possui cerca de 800 m de diâmetro. Na época, a Opportunity registrou que as rugosidades do interior da cratera são dunas de areia.
Um comentário:
oiii começei a seguir seu blog... adorei o conteúdo! =D
Postar um comentário