Missão espacial 'fotografa de perto' lua de Marte
A Nasa, a agência espacial americana, divulgou hoje as imagens detalhadas de Fobos, a maior das duas luas de Marte, feitas por uma das câmeras da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO).
Em comunicado, a Nasa indicou que uma dessas imagens, captada a uma distância de cerca de 6,8 mil km, mostra o panorama de uma zona iluminada de aproximadamente 21 km, no qual se destaca a cratera Stickney.
As fotos coloridas mostram materiais próximos às bordas da Stickney, e nelas também aparecem outras crateras e depressões que parecem ter se formado como resultado de impactos provenientes de Marte.
O comunicado indicou que as fissuras detectadas nas paredes da Stickney e de outras crateras são resultado do desmoronamento de material para o interior da depressão, arrastado pela força gravitacional da lua.
Segundo Alfred McEwen, cientista do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, a lua marciana é de grande interesse para os astrônomos porque pode conter água em forma de gelo e materiais ricos em carbono.
Nathan Bridges, membro do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, indicou que esta não é a primeira vez que se captam imagens de Fobos. "No entanto, estas são de muito maior qualidade e nos fornecem os melhores dados conhecidos até agora sobre Fobos. Essas imagens nos ajudarão a determinar a origem e a evolução desta lua", indicou Bridges Missão espacial 'fotografa de perto' Lua de Marte |
Da BBC Brasil
São Paulo
Uma missão da Agência Espacial Européia conseguiu fotografar de perto a lua Phobos, que gira em torno do planeta Marte. A espaçonave Mars Express ficou distante apenas 93 quilômetros do astro conseguindo capturar imagens que revelam um corpo celeste parecido com a forma de uma batata.
A lua mede 27 quilômetros em sua maior extensão e acredita-se que ela seja um asteróide capturado ou remanescente do material que formou os planetas.
As fotos mostram ranhuras e crateras em sua superfície que podem ter sido formadas a partir de materiais lançados de Marte após impactos com objetos espaciais. Outros pesquisadores, no entanto, sugerem que elas sejam resultado da sua superfície de regolito - uma camada sólida e rochosa que se forma de restos de materiais compactos e fragmentos de rochas e de solo - ou do próprio solo.
Sua maior cratera tem 10 quilômetros de diâmetro e deve ser resultado de um impacto gigantesco, afirmam especialistas. Segundo a Agência Espacial Européia, as fotos deverão auxiliar uma missão espacial russa que pretende enviar uma nave a Phobos para retirar amostras de sua superfície para exames.
As primeiras imagens da lua em alta resolução foram feitas em 1971. No início do ano, uma sonda da Nasa fotografou o astro a milhares de quilômetros de distância. Phobos foi descoberta pelo astrônomo americano Asaph Hall, em 1877. Sua órbita em torno de Marte diminui 1,8 metro a cada 100 anos, o que significa que, em 50 milhões de anos, o astro poderá colidir com o planeta.
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