.Sol tinha um aspecto liso em
Março de 2009 e assim permanece
hoje. Esta é a sua fase menos
ativa desde a década de 50.
.
. .Calma excessiva do Sol
pode indicar nova era glacial.. .. Uma parada prolongada na atividade solar levou os astrofísicos a dedicar atenção especial aos seus telescópios para determinar o que o Sol fará a seguir - e de que maneira o clima da Terra pode responder. O Sol vem apresentando seu menor nível de atividade em décadas e sua menor luminosidade em 100 anos. A pausa solar faz com que alguns cientistas tomem como paralelo a Pequena Era Glacial, um período de frio incomum na Europa e na América do Norte que se estendeu de 1300 a 1850. ... O período mais frio da Pequena Era Glacial, entre 1645 e 1715, está conectado a uma profunda queda nas tempestades solares conhecida como " Mínimo de Maunder". Durante aquele período, o acesso à Groenlândia esteve em larga medida bloqueado pelo gelo, e os canais holandeses costumavam se congelar completamente. As geleiras nos Alpes engoliam aldeias inteiras, e o gelo no mar se adensou a tal ponto que não existia mar aberto em torno da Islândia em 1695. Mas os pesquisadores estão em guarda contra a possibilidade de que suas preocupações sobre uma nova era fria sejam mal interpretadas. "Os céticos quanto ao aquecimento global tendem a se precipitar", disse Mike Lockwood, um físico especialista nos efeitos do Sol sobre a Terra, da Universidade de Southampton, no Reino Unido. Ele e outros pesquisadores decidiram, portanto, conduzir uma "negação preventiva" quanto a um mínimo solar que levaria a um resfriamento global. Mesmo que a atual pausa solar seja o início de um período prolongado de baixa atividade, dizem os cientistas, os efeitos da estrela sobre o clima empalidecerão em contraste com a influência dos gases gerados por atividade humana e causadores do efeito-estufa... .. Aqui como era antes da era registraram apenas 50 delas eum período de 30 anos. Caso o Sol entre em depressão semelhantepelo menos um modelo preliminar sugeriu que pontos frios poderiam surgir em diversos locais da Europa, Estados Unidos e Sibéria. ...No evento anterior, porém, muitas partes do mundo passaram sem efeitos, disse Jeffrey Hall, astrônomo e diretor associado do Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona. "Até mesmo um mínimo intenso como aquele não exerceu atividade mundial", ele disse da era registraram apenas 50 delas ...eum período de 30 anos. .o Sol entre em depressão semelhantepelo menos um modelo preliminar sugeriu que pontos frios poderiam surgir em diversos locais da Europa, Estados Unidos e Sibéria. No evento anterior, porém, muitas partes do mundo passaram sem efeitos, disse Jeffrey Hall, astrônomo e diretor associado do Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona. "Até mesmo um mínimo intenso como aquele não exerceu atividade mundial", ele disse. "Acredito que seja preciso ter em mente que o dióxido de carbono está em nível entre 50% e 60% superior ao normal, enquanto o declínio na atividade solar é da ordem de menos de 1%", disse Lockwood. "Creio que isso deva ajudar a manter as coisas em perspectiva". Mesmo assim, acrescentou, pequenas variações no brilho do sol são mais poderosas do que as mudanças na contribuição do efeito-estufa. Por exemplo, uma variação de 50% no brilho do Sol poderia representar a extinção da vida na Terra. Há centenas de anos os cientistas vêm registrando o número observável de manchas solares como maneira de acompanhar os ciclos de atividade solar, cuja duração média é de 11 anos. As manchas solares, que podem ser visíveis sem telescópio, são regiões escuras que indicam intensa atividade magnética na superfície do Sol Tempestades solares como essas enviam ondas de partículas dotadas de carga elétrica, capazes de prejudicar satélites e até mesmo derrubar redes elétricas. No atual ciclo, 2008 deveria ter sido o ponto mais baixo, e este ano as manchas celulares deveriam ter começado a mostrar avanços. Mas nos primeiros 90 dias de 2009, 78 não apresentaram manchas solares. Os pesquisadores também disseram que o brilho do sol é o menos intenso dos últimos 100 anos. O Mínimo de Maunder correspondeu uma profunda parada nas atividade.... das manchas solares - os astrônomos .. ...da era registraram apenas 50 delas eum período de 30 anos. Caso o Sol entre em depressão semelhante pelo menos um modelo preliminar sugeriu que pontos frios poderiam surgir em diversos locais da Europa, Estados Unidos e Sibéria. No evento anterior, porém, muitas partes do mundo passaram sem efeitos, disse Jeffrey Hall, astrônomo e diretor associado do Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona. "Até mesmo um mínimo intenso como aquele não exerceu atividade mundial", ele disse.
..
Incógnitas e incertezas
As mudanças na atividade solar podem
afetar a Terra de outras maneiras, além
disso. Por exemplo, a radiação ultravioleta
emitida pelo Sol não está se reduzindo da
mesma maneira que
nos mínimos visuais do passado.
"A luz visível não varia tanto assim,
mas a ultravioleta vaia em 20%,
e os raios-X podem variar por um de 10",
disse Hall.
"O que não compreendemos tão nem é o
impacto dessa irradiação espectral diferenciada".
A radiação solar ultravioleta, por exemplo,
afeta mais as camadas superiores da atmosfera
terrestre, onde os efeitos são menos
perceptíveis para os seres humanos.
Mas alguns pesquisadores suspeitam
que esses efeitos possam influenciar
camadas mais baixas, que têm papel
na formação do clima.
Em termos gerais, as pesquisas mais
recentes vêm definindo uma situação
sob a qual o Sol tem influência ligeiramente
superior à prevista por teorias do passado,
no que tange ao clima terrestre.
Incógnitas atmosféricas como a radiação
ultravioleta podem ser parte da explicação,
segundo Lockwood.
Enquanto isso, ele e outros especialistas
acautelam contra contar com pausas
solares futuras como forma de mitigar
o aquecimento global
"Existem muitas incertezas", disse José Abreu,
estudante de doutorado no Eawag,
o instituto de estudos do clima do governo suíço.
¿Não sabemos até que ponto o clima
é sensível às alterações na intensidade do Sol.
Em minha opinião, melhor
não brincar com aquilo que desconhecemos
.
Sol: onde estão as
manchas
solares
afinal?
Essa imagem espelha a situação do Sol
em 03 de abril de 2009, 14h24min,
capturada pelo Michelson Doppler
Imager no observatório solar SOHO.
Vemos aqui uma imagem contínua do Sol,
sem nenhuma mancha solar.
Crédito: SOHO, NASA/ESA.
.Nada tem acontecido no Sol há algum tempo,
pelo menos quando discutimos sobre a presença
(ou melhor: ausência) das manchas solares.
“Estamos experimentando um mínimo solar
muito profundo”, disse o físico solar
Dean Pesnell do Goddard Space Flight
Center da NASA em Greenbelt, Mariland, EUA.
..
.Gráfico com os anos que apresentaram o
menor número de manchas solares
no último século. As barras verticais
deste histograma representam
o número de dias por ano em que
as manchas solares estiveram ausentes.
Crédito: Tony Phillips (www.science.nasa.gov)
“Finalmente” muitos dirão,
especialmente aqueles que gostam
de observar o Sol.
Aqui está a primeira mancha de 2009,
mancha esta com o numero 1010
está no hemisfério sul do Sol e
é membro do Ciclo 24
.
.
.
.
O Sol visto no Visível com um filtro neutro
.
Em 2008 não observamos
nenhuma mancha solar
em 266 dos 366 dias do ano (73%).
A contagem das manchas solares
em 2009
caiu ainda mais: até 20 de abril de 2009,
97 dos 112 dias apresentaram nenhuma
mancha, ou seja, tivemos um índice
de inatividade de 88%.
Para aqueles que acompanham a atividade solar
rotineiramente esse é o Sol mais calmo já
visto em quase um século.
..
Mas, o que isso significa para nós?
As manchas solares são ilhas gigantes de
intenso magnetismo do tamanho de planetas
na superfície do Sol. As manchas solares
são causadoras das tempestades solares
(solar flares), de
(EMC) e pelo incremento na intensidade
da emissão da radiação ultravioleta (UV).
O Sol tem um ciclo natural com duração
média de 11 anos, que pode variar de
9 anos (ciclo #2 - junho de 1766 a junho de
1775) a 12,5 anos (ciclo #14 - fevereiro
O ciclo solar oscila entre uma atividade intensa,
repleta de manchas solares e uma
baixa atividade onde as manchas são raras.
O astrônomo alemão Heinrich Schwabe
descobriu esse comportamento em meados
do século XIX. Através da contagem das
manchas solares Schwabe
observou que os picos
de atividade solar eram sempre seguidos
de vales com calma relativa -
um comportamento periódico,
quase um relógio solar, que se mantém
em vigor há 200 anos.
O mínimo solar atual é parte desse
padrão de comportamento.
De fato, ele está acontecendo no momento
correto, mas qual será a razão dessa
inatividade expressiva?
Os índices caíram:
O observatório solar
espacial Ulysses
tem revelado uma queda de 20%vento solar
desde meados dos anos 90 - o ponto mais
baixo da curva desde que essas medidas
começaram a ser tomadas rotineiramente
nos anos 60. Convém lembrar que o vento solar
ajuda a defender o sistema solar interior
(inner solar system) dos perigosos
raios cósmicos, que podem causar
sérios danos a saúde dos astronautas no espaço. Um vento solar mais fraco, por outro lado, nos beneficia diminuindo
drasticamente a freqüência das tempestades
geomagnéticas. A redução do vento solar
também reduz a aparição das belíssimas
auroras polares, para a
tristeza dos observadores.
na pressão provocada pelo
Medidas cuidadosas realizadas
pelas sondas que monitoram
o Sol também confirmaram
que o brilho solar reduziu-se
em 0,02% nas freqüências
do espectro da luz visível
e caiu 6% nas freqüências
da radiação ultravioleta (UV)
desde o mínimo solar
de 1996. Além disso,
os radiotelescópios têm
registrado que as emissões de ondas
de rádio pelo Sol estão com
a mais baixa intensidade desde 1955.
Esses mínimos têm instigado
um debate acirrado se o
mínimo solar atual é extremo
ou apenas uma correção de
rumo que será seguida
de um máximo solar de
intensidade incomum
em 3 anos. “Desde que se
iniciou a Era Espacial nos
anos 50, a atividade solar
tinha se mostrado alta em
geral”, disse meteorologista
solar David Hathaway da
NASA’s Marshall Space
Flight Center. “Cinco
dos dez ciclos solares
mais intensos ocorreram
nos últimos 50 anos.
Nós simplesmente não
estamos acostumados
com esse tipo de
comportamento profundamente
calmo do Sol”.
Há 100 anos tivemos um
período de calma profunda
registrado. Os mínimos
solar de 1901 e 1913,
por exemplo, foram até
mais longos que esse
que estamos presenciamos
agora. Para que o mínimo
solar atual tenha
dimensão similar
ele terá que prolongar-se pelo menos
por mais um ano inteiro.
Uma frota estelar de sondas
de monitoramento solar
está em operação:
De certa forma, essa calma
incomum é até bastante
interessante, conclama Pesnell.
“Pela primeira vez na história
estamos observando um
mínimo solar profundo”.
Uma verdadeira frota estelar
de sondas investigadoras
[ que inclui o SOHO
(Solar and Heliospheric
Observatory), os novos
observatórios espaciais
gêmeos STEREOA NASA vê
o lado oculto do Sol), as
5 sondas THEMIS, Hinode,
ACE, Wind, TRACE, AIM,
TIMED, Geotail, Ulysses e
outros satélites ] está observando
o Sol e seus efeitos na Terra
24 horas por dia e 7 dias
por semana. Usando uma
tecnologia avançada que
não existia 100 atrás,
os cientistas têm medido
detalhadamente os
ventos solares, raios
cósmicos, radiação solar e seus
campos magnéticos.
Os cientistas têm
considerado esse
mínimo solar muito
mais interessante
que anteriormente se
pensava. (Solar Terrestrial
Relations Observatory, leia em:
Infelizmente todo esse aparato
tecnológico atualmente em uso
ainda não consegue fornecer
dados suficientes para permitir
a previsão do que
virá a seguir.
Modelos e simulações
elaboradas por diversos
físicos solares divergem,
algumas vezes de forma
radical, na previsão de quando
esse mínimo solar irá se
encerrar e como o próximo
máximo solar irá se comportar.
Essa incerteza é conseqüência
do simples fato de que não
conhecermos o suficiente
sobre a física do ciclo de
manchas solares.
O que se pode fazer agora
é continuar monitorando o Sol.
Pesnell acredita que em
breve a contagem de manchas
solares deve retornar
aos níveis usuais
“possivelmente ao final
do ano de 2009″, o que será
seguido por um
fraco máximo solar, com uma
intensidade abaixo da média,
em 2012 ou 2013.
Mínimo Solar x Mínimo de Maunder?
A sonda SDO vai tentar esclarecer:
Esse comportamento anômalo
do Sol nos 50 anos da era
espacial foi bastante comentado
há alguns meses.
Em 01 de outubro de 2008
um artigo na Physorg destacou:
“. Considerando o cenário
atual vemos agora que 2008,
com 266 dias ’sem manchas’
foi ainda mais calmo que 1954,
três anos antes do lançamento
do primeiro satélite, o Sputnik,
quando o Sol ficou ‘em branco’
por 241 dias.
As pessoas com interesse
genuíno a respeito das
ligações entre o comportamento
solar e o clima terrestre
(não estamos falando aqui
daquelas que ‘querem que
você não se preocupe com
o uso do petróleo’)
estão atentas aos fatos
uma vez que a maior
evidência conhecida
de associação entre
a falta de manchas solares
e o clima terrestre foi
o período denominado
“mínimo de Maunder”
que coincidiu com a
“pequena era-do-gelo”
no século XVIII.
Clive Cookson fala sobre
esse assunto no seu
artigo na FT.com:
course“.
Há alguns dias (29 de
março de 2009) o tema
voltou a ser abordado
no artigo “Solar Activity
na Science.News que fala
do lançamento da sonda
orbital SDO no final de 2009.
Entre suas atribuições,
o satélite SDO será responsável
pelo rastreamento da TSI
(total solar irradiance
- irradiação total solar) através
do equipamento TIM
(total irradiance monitor).
.
O Sol visto na linha Alfa do Hidrogênio..
um corpo constituído por um
fluido (plasma e gás), provoca
o fenômeno conhecido como
rotação diferenciada.
A velocidade dessa
rotação varia nas diferentes
latitudes com um valor
máximo no equador (2 km/s)
correspondendo a 25,03 dias
e uma mínima nos pólos
com um período de 30 dias.
Essas informações só
foram possíveis graças às
manchas solares, as quais
nós abordaremos melhor
mais adiante. Isso é
a chamada rotação diferenciada,
a qual nós representamos
com o seguinte esquema.
Figura 2: Esquema da Rotação Diferenciada
Camadas Externas (Fotosfera e pouco abaixo) |
0,2% de elementos pesados |
7,8% de hélio |
92% de hidrogênio |
Raio | 695 500 km, | 109 raios terrestres |
Superfície | 6,16 1013km2 | 11.881 vezes a terrestre |
Volume | 1,44 1018 km3 | 1,3 106 vezes o terrestre |
Massa | 1,9 1030 kg | 334.672 vezes a terrestre |
Densidade | 1,4 g/cm3 | 0,26 vezes a terrestre |
Luminosidade | 3,9 1027 kW | --------- |
Temperatura Superficial | 5770 K | --------- |
Temperatura no Centro | 1,5 107K | --------- |
Gravidade Superficial | 276 m/s2 | 28 vezes a terrestre |
..São imensas nuvens de gás
quente sopradas do Sol e detectadas
no espectro do ultravioleta
extremo, provavelmente
encobrindo um par
de manchas solares ligeiramente abaixo das emissões
.Diferentemente do
satélite Soho, que observa o Sol
praticamente do mesmo ponto
de vista da Terra, o satélite
STEREO-B está estacionado
sobre o limbo leste da estrela,
assim pode registrar dados
3 dias antes que a rotação
do Sol permita que sejam
vistos ou registrados da Terra.
Dessa forma, as imagens
mostradas podem ser
consideradas um preview
do que será captado pelo Soho
e mostrado em alguns dias.
STEREO A e B
A Missão STEREO
(Solar Terrestrial Relations
Observatory) consiste em
um par de satélites de
observação solar.
Um deles, STEREO-A, é
posicionado ligeiramente
antes do plano orbital da
Terra em relação ao Sol
(fica mais perto do Sol do
que a Terra), mas adiantado
em relação à posição da Terra
em sua órbita. Seu irmão gêmeo,
STEREO-B, fica situado em
distância posterior ao plano
orbital da Terra (foca mais
longe do Sol), mas atrasado
em relação à posição da Terra.
..Essa diferença espacial faz
os satélites verem o Sol a partir
de dois ângulos diferentes,
permitindo a observação
de imagens estereográficas.
Em outras palavras,
a missão STEREO permite
observar o Sol em três dimensões,
capacitando os cientistas
a estudarem a estrutura
e evolução das tempestades
solares de maneira mais
próxima possível do real.
O ângulo formado entre o Sol e os dois satélites cria uma sensação de profundidade,
exatamente como faz
nosso par de olhos ao
focar um objeto.
Artes: No topo, imagem da
anomalia solar captada pelo
satélite STEREO-B. Acima,
diagrama mostra a posição
dos satélites no dia 24 de
dezembro de 2008. Observe
que o satélite STEREO-B,
em azul, está ligeiramente
após o plano orbital da
Terra enquanto STEREO-A,
em vermelho, está mais
próximo do Sol. Crédito:
NASA/Goddard Space Flight Center.
.